quarta-feira, 24 de julho de 2013

O FANTASMA DOS CANTERVILLE



O FANTASMA DOS CANTERVILLE


Apesar de ter passado muito tempo, ainda me lembro daquele dia.

Tudo começou há vários anos, quando numa sombria manhã de inverno o ministro americano comprou Canterville Chase, uma antiga casa abandonada. Toda a gente lhe disse que era um grande disparate, pois sabia-se que o lugar estava assombrado. O próprio Lord Canterville, que era um homem da mais escrupulosa honestidade, achara, ao discutirem o contrato, ser seu dever mencionar o facto a Mr. Otis (um grande amigo meu).

-Nós próprios deixámos de morar lá - disse Lord Canterville.

-Meu caro senhor – respondeu o ministro -, façamos o preço da mobília e do Fantasma. Venho de um país novo, onde temos tudo aquilo que o dinheiro compra. Parece-me que, se existisse na Europa qualquer coisa parecida com um Fantasma, já em pouquíssimo tempo lá o teríamos, num dos nossos museus, ou num espectáculo de saltimbancos.

- Receio bem que o fantasma exista – disse Lord Canterville, a sorrir. - Desde 1584 que é bastante conhecido, ou seja, há três séculos, e o pior de tudo é que aparece sempre antes da morte de um membro da família. Mas se o senhor não se importa com o facto de ter um fantasma a andar na sua casa durante a noite, tudo bem; não se esqueça é que eu o avisei.

Semanas depois, a compra estava feita, e no fim da temporada o ministro e a sua família foram para Canterville Chase.

Às onze horas da noite, a família recolheu-se aos quartos e passada meia hora todas as luzes da casa estavam apagadas. Algum tempo depois, Mr. Otis foi acordado por um ruído estranho que vinha do corredor junto à porta do seu quarto. Parecia o ruído de um toque metálico e parecia estar cada vez mais próximo. Era exatamente uma hora. O meu pobre amigo, apesar de estar calmo, mediu o pulso e viu se tinha febre. O estranho ruído continuava, agora acompanhado de passos pesados. Calçou os chinelos, tirou um pequeno frasco da gaveta e saiu cauteloso para ir ver o que se passava.

De repente, viu à sua frente um velho gigante de aspeto terrível. Os seus olhos eram vermelhos como carvão em brasa, caíam-lhe dos ombros longos cabelos grisalhos em madeixas flamejantes, as suas roupas cheias de remendos cheiravam a mofo, e nos seus tornozelos e pulsos continha pesadas ligas metálicas enferrujadas.

- Meu caro senhor – disse Mr. Otis tentando conter o medo – peço-lhe que lubrifique as suas correntes porque se não o fizer não vou conseguir dormir e como se calhar não tem lubrificante tenho aqui um frasquinho para isso. Tem uma maior eficiência numa só aplicação. Deixo-lho aqui para si, e caso tenha necessidade terei o maior prazer em oferecer-lhe mais.

Com estas palavras o Mr. Otis colocou a garrafa numa mesa de mármore e, tendo fechado a porta, deitou-se.

Por um momento, o Fantasma dos Canterville ficou completamente quieto com uma indignação natural, em seguida atirou a garrafa com toda a violência para o soalho encerado, e fugiu corredor abaixo com grunhidos cavos, e lançava uma luz terrível e esverdeada. Quando chegou ao extremo da escada, abriu-se uma porta e surgiram dois vultos vestidos de branco e roçou-lhe pela cabeça um enorme travesseiro. Tomando apressadamente a terceira dimensão do espaço por meio de fuga, desapareceu pelo soalho e a casa voltou a uma total tranquilidade.

Quando chegou a uma pequena câmara da ala esquerda, apoiou-se a um raio de lua para recuperar o fôlego e tentou compreender a situação. Nunca em trezentos anos de carreira fora insultado tão grosseiramente. Resolveu, assim, vingar-se e até, ao alvorecer, continuou numa profunda meditação.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

MÃE



Mãe
De ti sou sempre fã
Quer seja de noite ou de manhã.
Chamo-te mãe, mãezinha, ou mamã
Ontem, hoje e amanhã.

Mãe
És o melhor que a gente tem,
E do que a vida contém.
Igual a ti não à ninguém
E melhor amiga também.

Mãe
O teu amor não tem fim.
És a melhor para mim.
Continua sempre assim
És a rosa do meu jardim.

Mãe
Tudo o que fazes é bom
Isso é o teu grande dom.
A tua voz é o melhor som
Seja sempre em qual quer tom.

Mãe
Como o teu beijo não à nenhum
Há sempre mais algum.
Não me contento só com um
Catrapam, cantrapem, cantrapim, cantrampom, cantrapum

sexta-feira, 18 de março de 2011

BRUXA RABUXA

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Naquele ano, o inverno era comprido e frio. A bruxa Rabuxa tiritava no seu fato de farrapos bolorento, e arrumava a casa escondendo as teias de aranhas e os ninhos de morcegos na despensa, para depois comer. O gato andava aos pés, a fazer de botija.
De repente bateram à porta.
- Quem é?
- Não adivinhas? É a tua prima, a bruxa Capucha.
- Entra, entra, que tenho uma ratazana cozida para o jantar, com esparregado de urtigas… Vais gostar... E há um docinho de baba de sapo.
- Não me apetece. Agora só como nos restaurantes ou então compro comida feita nos supermercados. Já não me caem bem os pratos tradicionais.
- Também tu! Deixaste de ser bruxa?
- Hoje sou, com muito orgulho, limpa-chaminés.
- E usas a vassoura voadora para limpar chaminés?!
- Pois claro.
- Que vergonha… são novos tempos...
- A prima Verrelhuda empregou-se como porteira para assustar os pedintes.
- A Guedelhudaque fazia chapéus mágicos, agora faz aspiradores.
- A Malviqua, que era a rainha das curas milagrosas, agora faz caldo verde na Feira Popular.
- E as outras também: a Verruguinha, a Olhencha, …
- Isto na verdade vai de mal a pior.
- Mas foi por isso mesmo que eu vim cá. Era para te avisar que és a última bruxa a exercer a profissão





segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O RAPAZ QUE ODIAVA COISAS SAUDÁVEIS



Já lá vão umas duas semanas desde que vi um rapazito chamado Rui.
Ele odiava toda a espécie de coisas saudáveis, tais como:
Legumes
Frutas
Sopas

E aquilo de que ele mais gostava era de coisas não saudáveis: hambúrgueres, batatas fritas, chocolate aos montes, entre muitas outras.
Como não podia ser, os pais estavam sempre a avisá-lo, porém, por mais puxões de orelhas, por mais castigos que lhe dessem, o Rui não parava de comer porcarias.
- Eu não preciso de comer coisas saudáveis como frutas, legumes e sopa.
- Ele está maluco, diz-me que ele está louco - disse a batata.
- Tens razão, ele está doido! Não achas morango? -disse a cenoura.
- Claro que sim, o Rui está viciado - disse o morango.
Então, todas as frutas e todos os legumes gritaram em coro:
- Aquele menino precisa de uma lição!
E a partir desse dia, as frutas e os legumes inundavam o quarto do Rui e trocavam todas as porcarias que lá encontravam por coisas saudáveis.
Uma noite, o Rui acordou sobressaltado e tentou soltar o berro mais alto que podia, mas não conseguiu emitir nenhum som. Ele ficou paralisado de medo ao ver três diabos e dois anjos.
Quem convocara os três diabos foram os hambúrgueres, as batatas fritas e os chocolates, para que o Rui continuasse a comê-los.
E quem convocara os anjos foram os legumes e as frutas para que o Rui deixasse de comer porcarias.
O Rui apanhou tal susto que, na manhã seguinte, pediu à mãe que para o almoço lhe preparasse uma bela salada.
E assim o Rui passou a gostar de comida saudável.

Já lá vão umas duas semanas desde que vi um rapazito chamado Rui.
Ele odiava toda a espécie de coisas saudáveis, tais como:
Legumes
Frutas
Sopas

E aquilo de que ele mais gostava era de coisas não saudáveis: hambúrgueres, batatas fritas, chocolate aos montes, entre muitas outras.
Como não podia ser, os pais estavam sempre a avisá-lo, porém, por mais puxões de orelhas, por mais castigos que lhe dessem, o Rui não parava de comer porcarias.
- Eu não preciso de comer coisas saudáveis como frutas, legumes e sopa.
- Ele está maluco, diz-me que ele está louco - disse a batata.
- Tens razão, ele está doido! Não achas morango? -disse a cenoura.
- Claro que sim, o Rui está viciado - disse o morango.
Então, todas as frutas e todos os legumes gritaram em coro:
- Aquele menino precisa de uma lição!
E a partir desse dia, as frutas e os legumes inundavam o quarto do Rui e trocavam todas as porcarias que lá encontravam por coisas saudáveis.
Uma noite, o Rui acordou sobressaltado e tentou soltar o berro mais alto que podia, mas não conseguiu emitir nenhum som. Ele ficou paralisado de medo ao ver três diabos e dois anjos.
Quem convocara os três diabos foram os hambúrgueres, as batatas fritas e os chocolates, para que o Rui continuasse a comê-los.
E quem convocara os anjos foram os legumes e as frutas para que o Rui deixasse de comer porcarias.
O Rui apanhou tal susto que, na manhã seguinte, pediu à mãe que para o almoço lhe preparasse uma bela salada.
E assim o Rui passou a gostar de comida saudável.

Até à próxima história.
Beijinhos e abraços.

A EVOLUÇÃO DA TERRA


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.Na imensa escuridão não se via nada, nem as estrelas existiam.
Um dia, uma grande bola de fogo foi disparada, como uma bala de canhão.
E foi parar mesmo no meio da escuridão, iluminando-a.
De repente, um pedregulho enorme explodiu, partindo-se em milhares de pedacinhos.
Depois, os pedacinhos começaram a juntar-se aos poucos, transformando-se numa enorme bola muito redonda.
Claro que, até se juntarem, demorou milhões e milhões de anos.
A seguir, a bola começou a ficar azulada, e começaram a existir os primeiros micro-organismos.
Depois foi-se evoluindo desde o macaco até ao homem de hoje.
E vieram muitos povos, como os Lusitanos, os Romanos, e muitos outros. Ah!, e os FRANC0S.
Então vieram as escolas e os materiais escolares: o compasso, a régua, o transferidor, etc.
Vieram também os electrodomésticos, como o microondas, a televisão, a máquina de lavar roupa e o ferro de engomar, e viram o lavatório, os candeeiros, …
Mas primeiro veio a electricidade, como é óbvio.
Vieram os carros e os comboios eléctricos, que são muito diferentes dos de antigamente, que eram a carvão e tinha de se trabalhar mais.

Até à próxima história!
Beijinhos e abraços


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um dia de Natal

Num dia de Natal, a Clara estava muito ansiosa, porque tinha mandado uma carta ao Pai Natal pedindo estes presentes: um skate, um colchão para andar de joelhos às lutas, uma bicicleta, uma flauta, uma trompete, um violino e um CD com umas músicas em inglês.
Foi dormir quando, de repente, ouviu o Pai Natal cantar:
Tempo vai,
Tempo vem,
Meu amigo não é ninguém.
Admirada com o que ouvia, dirigiu-se à margem do rio gelado e, ao tocar no Pai Natal, ouviu novamente:
Tempo vai,
Tempo vem,
Dorme, dorme, Clarinha
Dorme muito bem.
De repente acorda e grita:
— É Natal, É Natal,
Salvação e luz!
É Natal, É Natal!
Já nasceu Jesus!
E então foi espreitar debaixo da árvore e disseram todos em coro:
— Temos todos os brinquedos que pedimos, iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! O Natal é espectacular!
E, a partir daí, todos os anos no Natal a Clara ouve o Pai Natal cantar:
Tempo vai,
Tempo vem.
Dorme, dorme, Clarinha,
Dorme muito bem.
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FELIZ NATA E BOM ANO NOVO!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

VIAGEM AO EQUADOR

Um dia, o meu padrinho fez as malas e esperou pelo avião para o Equador.

Apanhou o avião e lá foi ele.


Quando chegou, pegou na sua bicicleta e foi explorar. Encontrou grutas com morcegos e animais exóticos, visitou uma tribo de índios muito maus, passeou pela costa de areias douradas, navegou em rios gigantes e conheceu novas pessoas que se tornaram suas amigas.
Ele foi a uma cidade muito popular, com muitas lojas de roupas e sapatos, e restaurantes cheios de pessoas.
Enquanto caminhava, caiu num buraco muito fundo e mal cheiroso, ou seja, o esgoto!
Ele tentou sair dando muitos saltos, mas não conseguiu. Então começou a gritar, mas ninguém parecia ouvi-lo, até que fez tanto barulho ao bater com o sapato no cano – Pum… Pum... Pum…!!! – que chamou a atenção de um senhor que o ajudou a sair do esgoto.

E então, logo que regressou a Portugal (a sua casa), contou à família inteira o que aconteceu e deram-lhe a ideia de fazer um livro.
E cada aventura super-excitante que tinha, escrevia-a logo no livro.
No dia 10 de Abril popularizou o livro e fez muitos lucros, porque toda a gente o queria comprar
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